Brasília, 22 nov. 2025 — O advogado Martin de Luca, representante da Rumble, da Trump Media e do presidente norte-americano Donald Trump, criticou duramente a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro na manhã deste sábado (22). Em publicação na rede X, De Luca classificou a medida como “um insulto gratuito a Trump e ao secretário de Estado Marco Rubio”.
De Luca afirmou que, pela legislação brasileira, a prisão preventiva só se justifica diante de evidências concretas de risco de fuga ou de obstrução de Justiça, além da inexistência de medidas menos severas. “Moraes não apresentou nenhuma prova objetiva”, escreveu o advogado, alegando que o magistrado baseou-se em “especulação geográfica” e no temor de “uma multidão pacífica”.
Argumentos contestados
No despacho, Moraes citou três motivos: suposta violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro, a convocação de uma vigília de apoiadores em frente ao condomínio onde ele reside e a proximidade — cerca de 13 km — da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, possível rota de fuga. De Luca ironizou o último ponto, dizendo que seria “inacreditável” supor que Washington auxiliaria uma tentativa de escapa clandestina, lembrando que os EUA aplicaram sanções contra Moraes por violações de direitos humanos.
O advogado também destacou que a decisão ocorreu “um dia depois de os Estados Unidos sinalizarem alívio tarifário ao Brasil”, interpretando o timing como “um ato de afronta” à administração Trump.
Detalhes da prisão
Bolsonaro foi levado à Superintendência da Polícia Federal em Brasília às 6h35. Segundo Moraes, o Centro de Integração de Monitoramento Integrado do Distrito Federal informou, às 0h08, uma tentativa de sabotagem da tornozeleira eletrônica. O ministro apontou “alta possibilidade de fuga” diante da recente condenação de Bolsonaro na Ação Penal 2.668/DF, prestes a transitar em julgado, e da convocação de apoiadores para a vigília.
O magistrado sustentou que a eventual confusão provocada pela manifestação poderia facilitar a entrada do ex-presidente na Embaixada dos EUA, trajeto estimado em 15 minutos de carro. A prisão, enfatizou, teria o objetivo de “garantir a ordem pública”.
Com informações de Gazeta do Povo