O ministro do Turismo, Celso Sabino, minimizou nesta quinta-feira (20.nov.2025) o incêndio que levou à evacuação do pavilhão Blue Zone da COP 30, em Belém (PA). “Isso poderia acontecer em qualquer lugar do planeta”, declarou o titular da pasta a jornalistas, acrescentando que não há registro de feridos.
De acordo com Sabino, o fogo foi rapidamente controlado e o sistema de contingência “funcionou com eficiência”. Ele classificou o episódio como um “incidente isolado”, cujo foco – segundo informações preliminares – teria sido um celular ligado à tomada. A causa oficial ainda está sob investigação.
Sessões da cúpula seguem indefinidas
Por conta do incêndio, as atividades no pavilhão precisaram ser interrompidas e não havia confirmação, até o fechamento desta reportagem, sobre a retomada das negociações nesta quinta. A Conferência do Clima das Nações Unidas está programada para terminar na sexta-feira (21.nov).
Estrutura sob responsabilidade do Brasil
Sabino enfatizou que a montagem da estrutura atendeu aos “padrões de engenharia e segurança”, citando o uso de materiais antichama e a presença de uma equipe de contingência no local.
Em nota, a UNFCCC – órgão da ONU responsável pela conferência – informou que as áreas afetadas pelo fogo “estão sob a autoridade do país anfitrião e não são mais consideradas uma Zona Azul”.
Alerta prévio
Em 13 de novembro, a UNFCCC enviou carta ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago, e ao governador do Pará, Helder Barbalho, apontando falhas de segurança, calor excessivo nos pavilhões, infiltrações causadas pela chuva e risco de água próxima a instalações elétricas. Delegações relataram “séria preocupação” com as condições dos escritórios disponibilizados.
O incidente desta quinta intensificou as críticas sobre a infraestrutura do evento, mas o ministro do Turismo reiterou que a imagem da conferência não será “maculada” pelo episódio.
Com informações de Gazeta do Povo