Washington (19.nov.2025) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou na noite desta quarta-feira (19) o projeto aprovado pelo Congresso que obriga a divulgação pública de todos os documentos relacionados ao caso Jeffrey Epstein.
A proposta recebeu apoio quase unânime no Capitólio: 427 votos a 1 na Câmara dos Representantes, na terça-feira (18), e aprovação unânime no Senado poucas horas depois. Com a sanção presidencial, o Departamento de Justiça (DOJ) tem 30 dias para tornar públicos os arquivos, entre eles registros do FBI, mandados de busca e relatórios sobre a investigação da morte do financista, ocorrida em 2019.
Critérios de sigilo limitados
A nova lei impede o DOJ de reter informações por razões de constrangimento, danos à reputação ou sensibilidade política. Sigilo só será permitido para proteger vítimas ou não atrapalhar investigações federais em curso.
Mortes, julgamentos e conexões políticas
Epstein foi encontrado morto em uma cela de Nova York em 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual de menores. Sua ex-namorada, a socialite britânica Ghislaine Maxwell, cumpre pena de 20 anos por crimes ligados ao mesmo esquema.
Trump já havia ordenado que o DOJ verificasse ligações de Epstein com figuras públicas, incluindo o ex-presidente democrata Bill Clinton e executivos do banco J.P. Morgan Chase.
Declaração de Trump
Em publicação na rede Truth Social, o republicano destacou que Epstein foi indiciado durante seu primeiro mandato, “não pelos democratas”, e mencionou nomes como Bill Clinton, Larry Summers, Reid Hoffman, Hakeem Jeffries e Stacey Plaskett. “Talvez a verdade sobre esses democratas e suas associações com Jeffrey Epstein seja revelada em breve, porque acabei de assinar a lei para divulgar os arquivos de Epstein!”, escreveu.
A procuradora-geral Pam Bondi afirmou que o Departamento de Justiça cumprirá o prazo legal, mas parlamentares demonstraram preocupação de que possíveis novas linhas de investigação atrasem a liberação completa dos documentos.
Segundo Trump, seu governo já entregou cerca de 50 mil páginas de material ao Congresso. Ele acusou a administração do presidente Joe Biden de não repassar “nenhuma página” sobre o caso.
Agora, o relógio começa a correr: os norte-americanos devem ter acesso aos arquivos de Epstein até meados de dezembro, salvo exceções previstas na nova legislação.
Com informações de Gazeta do Povo