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Banco Central liquida Banco Master e presidente é preso por suspeita de fraude bilionária

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Brasília – 18/11/2025. O Departamento de Resolução e de Ação Sancionadora (Derad) do Banco Central do Brasil decretou nesta terça-feira (18) a liquidação extrajudicial do Banco Master, retirando gradualmente a instituição do Sistema Financeiro Nacional.

A decisão tornou indisponíveis os bens de duas empresas ligadas ao grupo, de três controladores e de oito ex-administradores. A EFB Regimes Especiais foi nomeada liquidante, com plenos poderes de administração e representação.

Prisão do presidente

Na noite de segunda-feira (17), a Polícia Federal prendeu o presidente do banco, Daniel Bueno Vorcaro, no Aeroporto de Guarulhos (SP). Ele se preparava para embarcar em um jato particular rumo a Dubai. Segundo a PF, a prisão faz parte da Operação Compliance Zero, que investiga a suposta fabricação de carteiras de crédito e aponta possível fraude de R$ 12 bilhões contra o sistema financeiro.

A investigação resultou no bloqueio de R$ 12,2 bilhões em contas bancárias, na apreensão de carros de luxo, obras de arte, relógios e R$ 1,6 milhão em espécie, além de quatro prisões preventivas e duas temporárias. A defesa de Vorcaro nega tentativa de fuga e afirma que a viagem seria para negociar a venda do banco.

Crise de caixa e ofertas acima do mercado

O Banco Master enfrentava grave crise de liquidez e credibilidade. A instituição oferecia Certificados de Depósito Bancário (CDB) com rendimento de até 140% do CDI, bem acima da média dos concorrentes, prática que levantou suspeitas da PF de que o banco vendia títulos lastreados em créditos inexistentes.

Investidores com até R$ 250 mil aplicados em CDBs serão ressarcidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Valores superiores entrarão em lista de credores a ser paga durante o processo de liquidação. Alguns clientes cogitam ações judiciais alegando liquidação indevida.

Reflexos no Banco de Brasília

O Banco Regional de Brasília (BRB), que chegou a negociar a compra de parte do Master, também foi alvo da Operação Compliance Zero. O presidente da estatal, Paulo Henrique Costa, foi afastado por 60 dias por suspeita de participação no esquema de títulos falsos. Em nota, o BRB declarou atuar “em conformidade com as normas de compliance” e garantiu a continuidade dos serviços.

Com informações de Gazeta do Povo