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Estátua chinesa entregue ao Brasil na COP30 gera debate sobre simbolismo

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Belém, 18 de novembro de 2025 – Uma escultura de bronze presenteada pela China ao Brasil durante a COP30 tornou-se assunto de destaque nos veículos internacionais pela estética considerada incomum. A peça retrata uma criatura híbrida, que mescla traços de onça e dragão, abraçando o planeta Terra. No topo do globo, cinco pombas foram posicionadas de forma simétrica.

De acordo com a autora da obra, a intenção foi criar um símbolo de proteção ambiental e de união entre as nações. Ainda assim, o conjunto de elementos visuais abriu espaço para interpretações variadas, sobretudo sobre possíveis significados geopolíticos e espirituais.

Para críticos citados em publicações sobre o tema, a figura com chifres segurando o planeta pode sugerir domínio mundial, vigilância e centralização de poder. Já as cinco pombas seriam indicativas de observação constante.

O pesquisador de escatologia bíblica Vinícius Lana relaciona a fusão de onça e dragão a passagens dos livros de Daniel e Apocalipse, onde criaturas híbridas representam impérios com influência espiritual e política. Ele ressalta que, na tradição bíblica, o dragão costuma ser associado a Satanás, enquanto aves acima do mundo remetem a “potestades do ar”.

A China, que utiliza o dragão como símbolo nacional, entregou a escultura ao Brasil na condição de país anfitrião da conferência climática. O gesto, segundo Lana, reúne componentes políticos e religiosos que teriam eco em leituras escatológicas contemporâneas.

Até o momento, não houve manifestação oficial do governo brasileiro sobre as interpretações sugeridas. A obra permanece exposta em área de circulação de delegações na COP30.

Com informações de Pleno.News