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Gigantes da energia retornam aos combustíveis fósseis e injetam bilhões na Europa

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Apesar da pressão de organismos internacionais para a redução do uso de combustíveis fósseis, grandes empresas do setor energético voltaram a direcionar recursos a projetos de gás e petróleo na Europa.

TotalEnergies desembolsa mais de € 5 bilhões

A francesa TotalEnergies anunciou investimento superior a € 5 bilhões (cerca de US$ 5,9 bilhões) para adquirir 50% de participação em usinas termelétricas movidas majoritariamente a gás natural em vários países europeus. Segundo a companhia, a operação busca equilibrar o portfólio após constatar que atuar apenas com parques solares e eólicos não vinha gerando retorno financeiro satisfatório.

ExxonMobil amplia exploração no Mediterrâneo

A norte-americana ExxonMobil firmou em Atenas um acordo preliminar para explorar petróleo e gás em águas gregas. A assinatura contou com a presença de autoridades do então governo Donald Trump, entre elas o secretário de Energia, Chris Wright. Nas redes sociais, Wright declarou que os Estados Unidos “têm orgulho de ser parceiros da Grécia enquanto restauramos o bom senso e liberamos energia acessível, confiável e segura”.

Shell suspende projetos eólicos e mira na comercialização de eletricidade

Maior empresa de energia da Europa, a Shell decidiu interromper o desenvolvimento de dois parques eólicos flutuantes no Reino Unido e do projeto offshore Atlantic Shores, nos Estados Unidos. A petrolífera afirmou que, a partir de agora, concentrará esforços na comercialização de eletricidade, avaliando que os empreendimentos renováveis não oferecem rentabilidade adequada.

Países reforçam produção própria diante da crise do gás russo

A mudança de rota das companhias ocorre em meio à busca europeia por alternativas ao gás natural da Rússia, cujo fornecimento foi afetado pela invasão da Ucrânia. Para garantir segurança energética, governos vêm flexibilizando políticas e incentivando novas fontes de combustíveis fósseis.

Na Alemanha, considerada referência em energia renovável, o plano é erguer usinas a gás com capacidade total de até 10 gigawatts. Já a Itália relaxou restrições à perfuração de petróleo e discute legislação que acelere projetos de exploração de gás natural para abastecer a indústria local.

Os novos aportes reforçam a tendência de reequilíbrio entre fontes limpas e fósseis no continente, mesmo sob cobranças internacionais por metas climáticas mais ambiciosas.

Com informações de Gazeta do Povo