Florianópolis (SC) – A deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) declarou que a tensão interna no PL catarinense pode ser solucionada se o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ) desistir de disputar o Senado por Santa Catarina e transferir a candidatura para outro estado.
Em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo, Campagnolo mencionou Rondônia, Acre ou Roraima como alternativas. Segundo ela, esses locais receberam expressiva votação do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022 e “carecem de lideranças”.
“Poderia se resolver tranquilamente se o Carlos optasse por um estado que precisa mais dele, como Rondônia, Acre ou Roraima”, afirmou a parlamentar. “Mas essa iniciativa precisa partir do próprio Carlos, que acredito ter um bom coração e pensará no melhor para todos.”
A sugestão provocou reação imediata de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), do próprio Carlos e de outros aliados da família, que acusaram Campagnolo de ingratidão e traição. A deputada contou ter sido chamada de “Joice de Santa Catarina”, referência à ex-deputada Joice Hasselmann, que se afastou do bolsonarismo após a eleição.
Apesar das críticas, Campagnolo minimizou o abalo na relação com Eduardo Bolsonaro. “Fiquei triste de pensar que poderia perder a amizade do Eduardo, mas não creio que isso acontecerá. Acredito que ele mantém o mesmo carinho por mim que tenho por ele, e tudo vai se ajeitar em breve”, declarou.
Conservadora e voz de destaque do PL em Santa Catarina, a deputada tornou pública a divergência no momento em que o partido discute as estratégias para a eleição ao Senado em 2026, acirrando o debate sobre o espaço da família Bolsonaro no estado.
Com informações de direitaonline.com.br