Washington (EUA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu neste domingo que os deputados republicanos apoiem a votação marcada para terça-feira (18) na Câmara dos Representantes que pode tornar públicos documentos ainda sigilosos sobre o financista condenado por crimes sexuais Jeffrey Epstein.
Trump escreveu em sua rede Truth Social que “os republicanos da Câmara devem votar pela divulgação dos arquivos de Epstein porque não temos nada a esconder”. O chefe da Casa Branca afirmou ainda que a iniciativa serviria para “superar essa farsa democrata perpetrada por lunáticos radicais de esquerda”.
O apelo representa uma reviravolta. Na semana anterior, o presidente havia aconselhado a bancada a rejeitar a proposta, o que provocou deserções entre parlamentares do próprio partido. A nova orientação testará, segundo veículos de imprensa americanos, o grau de lealdade da legenda a Trump, que mantém forte influência sobre a Câmara desde o início de seu segundo mandato, em janeiro.
Pressão crescente
A mudança de rumo ocorre após a divulgação, pelo Congresso, de cerca de 20 mil documentos da acusação contra Epstein. Entre os arquivos há e-mails em que o financista menciona Trump, então seu amigo, e indica que o atual presidente tinha conhecimento dos crimes e passou “horas” com uma das vítimas.
Sob pressão, a Câmara realizou na semana passada uma votação simbólica, apoiada por quatro republicanos, solicitando ao Departamento de Justiça (DoJ) que entregue todos os seus registros sobre Epstein. Paralelamente, Trump instou o órgão a investigar a relação do financista com democratas de destaque, como o ex-presidente Bill Clinton.
Negativa do presidente
Na sexta-feira (14), Trump negou qualquer vínculo criminoso com Epstein, que morreu em 2019 em uma prisão de Nova York. Ele classificou como “memorandos inventados” os documentos que o citam e declarou que “ninguém se importava com Epstein enquanto ele estava vivo”. O presidente acrescentou que, se houvesse algo de relevante contra ele, os democratas teriam divulgado “após a vitória eleitoral sem margem” obtida em 2024.
A votação de terça-feira decidirá se a Câmara exigirá oficialmente a liberação integral dos arquivos que permanecem sob sigilo no Departamento de Justiça.
Com informações de Gazeta do Povo