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Maduro conclama seis estados a vigília e marcha contínua contra manobras dos EUA em Trinidad e Tobago

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Caracas, 15 nov. 2025 – O presidente venezuelano Nicolás Maduro chamou a população de seis estados do leste do país a manter uma “vigília e marcha permanente” em protesto contra a retomada de exercícios militares dos Estados Unidos em Trinidad e Tobago, arquipélago situado a 11 quilômetros da costa da Venezuela.

Durante ato em Caracas neste sábado (15), Maduro pediu que “todas as forças populares, sociais, políticas, militares e policiais” de Bolívar, Delta do Amacuro, Monagas, Anzoátegui, Nueva Esparta e Sucre se mobilizem “em perfeita unidade popular-militar-policial” e mantenham a bandeira nacional hasteada.

O líder chavista afirmou que os EUA pretendem “ameaçar a paz do Caribe” com “exercícios irresponsáveis em águas trinitárias” e questionou Washington: “Querem vir matar um povo cristão aqui na América do Sul?”. Ainda segundo ele, o governo de Trinidad e Tobago “cede suas águas costeiras” para as manobras.

A convocação ocorre um dia após o chanceler trinitário Sean Sobers confirmar o retorno de militares da Marinha norte-americana ao país caribenho para novas operações conjuntas com a Força de Defesa de Trinidad e Tobago (TTDF). Em outubro, o contratorpedeiro USS Gravely esteve na região para ações similares, à época classificadas por Caracas como parte de uma suposta “operação de falsa bandeira”.

Na ocasião, a Venezuela suspendeu acordo energético com Trinidad e Tobago e declarou a primeira-ministra Kamla Persad-Bissessar persona non grata.

Na sexta-feira (14), o Pentágono confirmou mais um ataque a uma embarcação suspeita de tráfico de drogas no mar do Caribe, perto da costa venezuelana, que resultou em quatro mortes. Desde setembro, cerca de 20 barcos foram bombardeados e ao menos 80 pessoas morreram na operação de combate ao narcotráfico conduzida pelos EUA, ação que o governo Maduro considera pretexto para removê-lo do poder.

Também na sexta, o então presidente norte-americano Donald Trump declarou ter “tomado uma decisão sobre a Venezuela”, sem detalhar qual medida pretende adotar.

Maduro encerrou a cerimônia, que marcou a posse dos Comitês Bolivarianos Integrais de Base (CBBI), conclamando os participantes a não “ceder a provocações” enquanto mantêm a mobilização “com fervor patriótico”.

Com informações de Gazeta do Povo