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Alckmin cobra correção de “distorções” após EUA manterem sobretaxa de 40% ao Brasil

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Brasília, 15 nov. 2025 — O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) avaliou como “avanço” a decisão do presidente norte-americano Donald Trump de reduzir parte das tarifas aplicadas a produtos agrícolas importados, mas afirmou que “distorções significativas” persistem enquanto o Brasil continuar submetido a uma sobretaxa de 40%.

Na sexta-feira (14), Washington eliminou a alíquota global de 10% que incidia sobre itens como carne bovina, tomate, café e banana. A medida, porém, não alterou a penalidade adicional imposta exclusivamente ao Brasil, principal motivo da crítica feita por Alckmin em coletiva no Palácio do Planalto.

Segundo o vice-presidente, concorrentes do país receberam cortes maiores. Ele citou o exemplo do café: enquanto a tarifa brasileira caiu 10%, outro exportador obteve redução de 20%. “Foi um passo na direção correta, mas ainda é insuficiente”, afirmou.

As tarifas fazem parte do programa de “tarifas recíprocas”, adotado pelos EUA sob justificativa de segurança nacional. O novo decreto alterou apenas a cobrança geral de 10%, mantendo intacta a sobretaxa de 40% aplicada ao Brasil desde o início da política.

O governo norte-americano justifica a mudança como forma de reduzir o custo dos alimentos em meio à pressão inflacionária interna. Já para o Brasil — maior produtor mundial de café e segundo maior de carne bovina — o alívio é limitado, pois a tarifa adicional continua valendo.

Durante o anúncio em Washington, Trump declarou que o ajuste atual “é suficiente” e descartou novas reduções, apostando em “queda rápida” dos preços nos Estados Unidos.

Com informações de Gazeta do Povo