WASHINGTON – Os Estados Unidos declararam nesta sexta-feira, 14 de novembro de 2025, que o seu plano para o futuro da Faixa de Gaza estabelece uma rota “viável” para a formação de um Estado palestino.
O posicionamento foi divulgado em nota conjunta da missão norte-americana na ONU com Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Indonésia, Paquistão, Jordânia e Turquia. No documento, os países manifestam apoio a um projeto de resolução apresentado por Washington ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, que trata das próximas etapas do chamado Plano Abrangente para o Fim do Conflito em Gaza, lançado em 29 de setembro.
Segundo o comunicado, o plano “oferece um caminho para a autodeterminação palestina e para a paz e estabilidade de toda a região” e foi “celebrado e aprovado em Sharm el-Sheikh”, no Egito. Os signatários pedem ao Conselho de Segurança que aprove a resolução “o mais rápido possível”.
Conselho Internacional de Paz e força de estabilização
A proposta norte-americana inclui a criação de um Conselho Internacional de Paz, encarregado de supervisionar a administração e a reconstrução de Gaza, além de uma Força Internacional de Estabilização que atuará com Israel e Egito para garantir a segurança do enclave por um período inicial de dois anos.
Críticas anteriores dos EUA
Antes de Israel e o Hamas aceitarem, em outubro, um cessar-fogo que compôs a primeira fase do plano, Washington criticou países ocidentais – entre eles Reino Unido e França – por reconhecerem o Estado palestino. Na ocasião, o governo dos EUA classificou esses reconhecimentos como “recompensa ao terrorismo” após os ataques de 7 de outubro de 2023 que detonaram a guerra em Gaza.
Resistência em Israel
Dentro de Israel, integrantes da coalizão liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu continuam rejeitando a criação de um Estado palestino. Em setembro, Netanyahu reafirmou que “não haverá Estado palestino” ao assinar acordo que leva adiante a construção de 3,4 mil novas moradias no assentamento judaico de Maaleh Adumim, empreendimento que dificulta o acesso da Cisjordânia a Jerusalém Oriental e inviabiliza a formação de um território palestino contíguo.
A resolução proposta pelos EUA ainda não tem data definida para votação no Conselho de Segurança.
Com informações de Gazeta do Povo