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Ex-chefe do INSS, Alessandro Stefanutto, é preso em nova fase da Operação Sem Desconto

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Brasília – A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (13) o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto. A detenção integra a mais recente etapa da Operação Sem Desconto, que apura fraudes em benefícios previdenciários.

Além de Stefanutto, os agentes cumpriram outros nove mandados — entre prisões preventivas e medidas cautelares — e 63 ordens de busca e apreensão distribuídas por 14 estados e no Distrito Federal. A ação conta com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).

Os alvos da operação incluem empresários e servidores federais. Stefanutto permanece vinculado à Advocacia-Geral da União como servidor público.

Demissão em abril

O ex-presidente do INSS foi exonerado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em abril de 2025, após as primeiras revelações do esquema. Na época, ele já estava afastado do cargo por ordem judicial.

Possíveis crimes

Os investigados podem responder por inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

CPMI e trajetória política

A Operação Sem Desconto motivou a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso. Stefanutto prestou depoimento à comissão, ocasião em que declarou ter tomado providências para barrar descontos indevidos contra aposentados e pensionistas.

Filiado ao PDT desde o início de 2025, o ex-gestor deixou o PSB ao assumir o comando do INSS, cargo para o qual foi indicado pelo então ministro da Previdência e presidente do PDT, Carlos Lupi. Antes disso, atuou como consultor para assuntos previdenciários na equipe de transição do atual governo.

Prejuízo bilionário

Segundo a Polícia Federal, os desvios praticados entre 2019 e 2024 provocaram prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões a aposentados e pensionistas.

Com informações de Gazeta do Povo