O Senado aprovou nesta quarta-feira (12) a recondução de Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República por mais dois anos. Em votação secreta, o placar foi de 45 votos favoráveis e 26 contrários, número superior aos 41 necessários para a confirmação.
Gonet, indicado originalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, obteve na primeira nomeação 65 votos a 11 no plenário. Desta vez, o caminho foi mais apertado. Horas antes da decisão final, ele passou por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde foi aprovado por 17 a 10.
Durante a sessão na CCJ, senadores da oposição questionaram o chefe do Ministério Público Federal sobre temas como anistia, foro privilegiado, voto impresso e pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chegou a acusá-lo de atuar em conluio com o STF, o que foi rejeitado por Gonet, que afirmou conduzir denúncias “com esmero técnico-jurídico” e sem precipitação.
À frente da Procuradoria, Gonet coordena as denúncias referentes à suposta tentativa de golpe de Estado investigada pelo STF. Nas alegações finais apresentadas à Corte, ele apontou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “principal articulador” da iniciativa que, segundo o PGR, visava à ruptura do Estado Democrático de Direito.
Gonet ressaltou aos senadores que suas manifestações processuais ocorrem “exclusivamente nos autos”, sem vazamentos que prejudiquem a presunção de inocência dos investigados.
Com a aprovação no plenário, o procurador-geral permanece no cargo até 2027.
Com informações de Gazeta do Povo