Rio de Janeiro — Sete integrantes do alto escalão do Comando Vermelho foram removidos na manhã desta quarta-feira (12) do presídio de Bangu 1, na zona oeste da capital, para unidades do Sistema Penitenciário Federal (SPF). A operação atende a pedido do governo fluminense, feito no mesmo dia da megaoperação nas comunidades da Penha e do Alemão, que deixou 121 mortos há duas semanas.
Autorizada na semana passada pela Justiça do Rio, a transferência foi executada pela Polícia Penal Federal e contou com comboio de viaturas fortemente armadas até o Aeroporto do Galeão. O destino dos detentos não foi revelado por motivos de segurança.
Quem foi transferido
As primeiras confirmações apontam os seguintes nomes:
- Roberto de Souza Brito (Irmão Metralha) – liderança no Complexo do Alemão;
- Arnaldo da Silva Dias (Naldinho) – atua em Resende e administra a “caixinha” da facção;
- Alexander de Jesus Carlos (Choque ou Coroa) – traficante do Complexo do Alemão;
- Marco Antônio Pereira Firmino (My Thor) – ligado ao Morro Santo Amaro e membro da comissão do grupo;
- Fabrício de Melo de Jesus (Bichinho) – de Volta Redonda, também parte da comissão;
- Carlos Vinícius Lírio da Silva (Cabeça) – liderança na comunidade do Sabão, em Niterói;
- Eliezer Miranda Joaquim (Criam) – chefe da facção na Baixada Fluminense.
Declarações oficiais
“Com essas sete remoções, chegamos a 42 criminosos de alta periculosidade enviados a presídios federais durante meu governo. O enfrentamento é permanente e não permitiremos que o Rio vire ‘resort’ do crime”, afirmou o governador Cláudio Castro (PL) em rede social.
Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que as vagas solicitadas foram concedidas em 28 de outubro e que o Rio passa a ser o estado com maior número de presos sob custódia federal: 66 no total, sendo 19 somente este ano.
Regime de isolamento
Nas unidades federais de Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS), Brasília (DF) e Catanduvas (PR), cada detento permanece em cela individual, 22 horas por dia isolado, com duas horas de banho de sol e vigilância eletrônica constante. A estratégia busca interromper a comunicação entre líderes e a base da facção.
Com informações de Gazeta do Povo