Belém (PA) – Realizada nos dias 6 e 7 de novembro, a Cúpula do Clima que antecede a COP 30 contou com participação inéditamente baixa de líderes mundiais. Apenas 18 presidentes, 11 primeiros-ministros, o secretário de Estado do Vaticano e um rei compareceram ao encontro, a menor adesão registrada desde a COP 25, em 2019, em Madri.
Entre os chefes de Estado presentes estiveram Emmanuel Macron (França), Gabriel Boric (Chile) e Gustavo Petro (Colômbia). O Reino Unido foi representado pelo príncipe William. Lideranças de Suécia, Namíbia, Moçambique, Guiana, Palau, Comores e Eswatini também marcaram presença.
No grupo do G7, apenas França, Reino Unido e Alemanha enviaram representantes de alto escalão. Itália, Estados Unidos, Canadá e Japão optaram por não participar, reforçando o esvaziamento político do evento.
A ausência foi igualmente significativa entre as economias emergentes do G20. Nenhum país fora do G7 esteve representado por seu chefe de Estado em mais de duas edições das últimas seis conferências. China e México, por exemplo, não enviaram seus governantes em nenhuma ocasião recente, apesar de a China ser o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo.
A própria COP 30 começa nesta segunda-feira (10) com delegações de 194 países, mas a expectativa é de que o número de líderes se mantenha no mesmo patamar reduzido observado na cúpula preparatória.
Metas climáticas estagnadas
Além da participação limitada de autoridades, menos de 80 nações atualizaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), documento que estabelece metas de redução de emissões. Esses países respondem por 64% das emissões globais.
No sábado (8), o presidente designado da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago, enviou a décima e última carta à comunidade internacional, criticando o baixo número de NDCs apresentadas e pedindo um novo ciclo de ação contra a crise climática.
Com informações de Gazeta do Povo
