Pagamentos de salário somados a verbas indenizatórias fizeram com que embaixadores brasileiros recebessem, em média, até R$ 173 mil mensais entre fevereiro e julho de 2025, mostram dados do Portal da Transparência.
Quem recebeu mais
O maior valor médio no período foi destinado a Luís Ivaldo Villafañe, então chefe da Embaixada do Brasil no Iraque, com R$ 173 mil por mês. A projeção é de um gasto anual de R$ 2,2 milhões. Em julho, o diplomata teve o nome aprovado para assumir a embaixada no Togo.
Na segunda posição aparece Renato Soares Menezes, em Brazzaville, República do Congo, com média de R$ 165 mil e previsão de R$ 2,14 milhões ao ano. Logo depois vem Octávio Garcia Côrtes, embaixador no Japão, que recebeu cerca de R$ 164 mil mensais, totalizando R$ 2,1 milhões em 12 meses.
Também registraram altos ganhos a embaixadora Eugênia Barthelmess, em Angola, com R$ 164 mil mensais (R$ 2 milhões anuais), e Cláudia Fonseca Buzzi, na Suíça, com média de R$ 151 mil.
Como são formados os valores
Além do vencimento básico, os diplomatas recebem seis tipos de indenizações previstas na Lei 5.809/1972: Indenização de Representação no Exterior (IREX), auxílio-familiar, ajuda de custo, auxílio-moradia, diárias e auxílio-funeral. Todas essas verbas contam ainda com 13º salário. O Itamaraty não divulga o valor individual da IREX, calculada a partir do cargo, custo de vida local e outros fatores.
Renda alta em postos grandes e pequenos
Os dados apontam ganhos expressivos em missões de diferentes portes. Veja outras médias mensais registradas entre fevereiro e julho:
- Marcos Abbott Gastão – China: R$ 149 mil
- Manoel Lopes da Cruz – Azerbaijão: R$ 140,8 mil
- Ricardo Neiva Tavares – França: R$ 140,6 mil
- Ellen Ferreira de Barros – Burkina Faso: R$ 138 mil
- Sílvio Albuquerque – Bélgica: R$ 137 mil
- Antônio Patriota – Reino Unido: R$ 137,3 mil
- Cláudia Raja Gabaglia Lins – Bahamas: R$ 128 mil
Segundo os registros publicados, tanto embaixadas de grande porte quanto representações menores mantêm remunerações que superam com folga o teto do funcionalismo público brasileiro.
Com informações de Gazeta do Povo