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Magno Malta questiona presidência de Contarato na CPI do Crime Organizado

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O senador Magno Malta (PL-ES) afirmou nesta quarta-feira (5) que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, instalada no Senado Federal, corre o risco de não avançar nas investigações sobre facções criminosas. O parlamentar criticou a escolha de Fabiano Contarato (PT-ES) para presidir o colegiado, ressaltando que o Partido dos Trabalhadores não havia assinado o requerimento que pediu a abertura da investigação.

Malta tornou-se membro titular da CPI e disse atuar “com a autoridade” de quem integrou, há 25 anos, a CPI do Narcotráfico na Câmara dos Deputados (1999/2000). Ele lembra que, na época, o relatório final já apontava infiltração de criminosos no aparato estatal, mas que as medidas corretivas não foram adotadas.

Ao analisar o cenário atual, o senador declarou que as facções se estruturaram “como empresas” e que, além do tráfico de drogas, passaram a lucrar com controle territorial, cobrança de pedágios em comunidades, roubo de cargas, fraudes financeiras e pirataria digital. Para ele, o problema deixou de ser apenas policial e tornou-se “questão de soberania”, uma vez que organizações criminosas chegaram a impor regras em áreas onde o Estado estaria ausente.

Malta também citou o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, como exemplo de liderança que obteve resultados ao enfrentar gangues locais. Segundo o senador, a experiência salvadorenha demonstra que “vontade política” é fundamental para reduzir a violência.

Sobre a condução dos trabalhos, o parlamentar afirmou que congressistas de direita atuarão para “garantir que a verdade não seja silenciada” durante a CPI. A comissão ainda não definiu o cronograma de depoimentos nem votou plano de trabalho.

Com informações de Pleno.News