A Administração para o Controle de Drogas dos Estados Unidos (DEA) enviou uma carta ao secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, manifestando pesar pela morte de quatro policiais durante a Operação Contenção, realizada na semana passada nos complexos do Alemão e da Penha.
Assinado por James Sparks, representante da agência norte-americana, o documento foi entregue por meio do Consulado-Geral dos EUA no Rio e destaca “coragem, dedicação e sacrifício” dos agentes que perderam a vida. A DEA coloca-se “à disposição para qualquer apoio que se faça necessário” nas iniciativas de combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado no estado.
A manifestação ocorre uma semana depois da operação que resultou em 121 mortes, incluindo as dos quatro policiais, durante ação contra integrantes do Comando Vermelho (CV). O grupo criminoso controla áreas dos dois complexos.
Pressão por classificação de narcoterrorismo
O governador Cláudio Castro (PL) busca, desde o início do ano, que Washington classifique o CV como organização narcoterrorista. Segundo o jornal O Globo, um relatório com esse pedido foi entregue à Embaixada dos EUA, citando precedentes de grupos venezuelanos e mexicanos já incluídos na lista americana.
Reação do governo federal
Em viagem a Belém (PA) nesta terça-feira, o presidente Lula chamou a operação fluminense de “matança” e informou que o governo federal pretende investigar a ação policial. “A decisão do juiz era uma ordem de prisão, não uma ordem de matança”, disse o chefe do Executivo.
Apoio popular à operação
Levantamento da Genial Investimentos/Quaest aponta que 64% dos moradores do estado aprovam a Operação Contenção e 73% defendem que a polícia realize novas ações semelhantes em comunidades controladas por facções.
No encerramento da carta, a DEA reafirma “respeito e admiração pelo trabalho incansável das forças de segurança do estado” e envia “votos de força e consolo diante dessa irreparável perda”.
Com informações de Gazeta do Povo