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Operação Contenção reacende no PT pressão por Ministério da Segurança Pública

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A direção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) voltou a defender a recriação de um Ministério da Segurança Pública, separado da Justiça, após a Operação Contenção, realizada em 28 de outubro no Rio de Janeiro. A intervenção contra o Comando Vermelho resultou em 117 mortes de civis e, segundo pesquisas, recebeu aprovação popular, especialmente entre moradores de favelas.

O presidente da legenda, Edinho Silva, e o vice-presidente, Jilmar Tatto, são favoráveis ao desmembramento. Em entrevista à CNN Brasil, Tatto afirmou: “A criação do Ministério da Segurança Pública está no radar do PT. Eu apoio a proposta”. O ex-deputado José Genoíno também sustenta que a união dos dois temas concentra atribuições excessivas em um único ministro.

Fora do partido, o ex-presidente Michel Temer (MDB) considera “adequado” retomar o arranjo que adotou em seu governo. Após a posse de Jair Bolsonaro, a pasta foi novamente fundida ao Ministério da Justiça.

Dentro do PT, o coordenador nacional de segurança pública, Abdael Ambruster, classifica o modelo atual como “fracasso”. O respaldo popular à Operação Contenção — 8 em cada 10 moradores de comunidades aprovam a ação, de acordo com levantamento AtlasIntel — foi visto pelos defensores como oportunidade para intensificar o debate.

A Polícia Civil fluminense afirma que 95% dos mortos tinham ligação comprovada com a facção. Ainda assim, parlamentares da esquerda criticam a operação, apontando número elevado de vítimas.

Resistências internas e mudanças previstas

Conforme informou a Folha de S.Paulo, a pressão para recriar a pasta deve aumentar até as eleições de 2026. A ideia, contudo, não conta com o apoio do ex-ministro Flávio Dino nem do atual titular da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Se o desmembramento avançar, a nova pasta assumiria Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e a gestão penitenciária, hoje sob o Departamento Penitenciário Nacional (Depen). O ministério também ganharia protagonismo na eventual aprovação da PEC da Segurança Pública, que pretende centralizar na União a coordenação do setor.

Com informações de Gazeta do Povo