A recém-empossada primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, informou nesta segunda-feira (3) que pretende se reunir pessoalmente com o líder norte-coreano Kim Jong-un para discutir o destino dos cidadãos japoneses sequestrados pela Coreia do Norte nas décadas de 1970 e 1980.
Segundo Takaichi, Tóquio já encaminhou a Pyongyang uma proposta formal para um encontro entre os dois chefes de Estado. “Queremos que os líderes conversem diretamente e alcancem resultados concretos”, declarou a premiê durante cerimônia em Tóquio dedicada às famílias das vítimas.
A governante destacou que resolver o caso dentro de seu mandato é prioridade. “Estou determinada a romper barreiras e solucionar a questão dos sequestros”, afirmou.
Histórico dos sequestros
Dados oficiais japoneses apontam que 17 cidadãos foram raptados por agentes norte-coreanos para atividades de espionagem. Em 2002, após negociações conduzidas pelo então primeiro-ministro Junichiro Koizumi, cinco vítimas retornaram ao Japão. Na ocasião, Kim Jong-il, pai do atual dirigente norte-coreano, reconheceu os sequestros e apresentou desculpas formais.
Desde então, não houve novos progressos. O regime de Pyongyang sustenta que o caso está encerrado e afirma que os demais sequestrados morreram — versão rejeitada por familiares e autoridades japonesas.
Com informações de Gazeta do Povo