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EUA reativam base naval em Porto Rico e ampliam aparato militar próximo à Venezuela

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Washington — As Forças Armadas dos Estados Unidos iniciaram em setembro a revitalização da base naval de Roosevelt Roads, em Porto Rico, desativada desde 2004, revelou reportagem da agência Reuters no domingo (2).

Imagens de satélite e fontes consultadas pela agência indicam que pistas de taxiamento que conduzem à pista principal estão sendo limpas e recapeadas. Um oficial americano afirmou que a instalação oferece “localização estratégica” e amplo espaço para armazenagem de equipamentos, reforçando a possibilidade de apoio a ações militares no interior da Venezuela.

Obras se estendem a aeroportos civis

Além da antiga base, os EUA constroem estruturas de apoio em aeroportos civis em Porto Rico e em St. Croix, nas Ilhas Virgens Americanas, segundo a Reuters.

Bombardeios contra alvos marítimos

No início de setembro, Washington iniciou uma série de bombardeios contra embarcações que, de acordo com autoridades americanas, são ligadas ao narcotráfico. Os primeiros ataques ocorreram no Mar do Caribe, próximo ao litoral venezuelano, o que levou o governo de Nicolás Maduro a classificar a operação como pretexto para removê-lo do poder.

Nas últimas semanas, as ações se estenderam ao Oceano Pacífico, perto da Colômbia. Até agora foram registrados 15 bombardeios, com 64 mortos, dois sobreviventes e uma pessoa desaparecida.

Porta-aviões e autorização para operações letais

O clima de tensão aumentou nas três semanas recentes após o presidente Donald Trump declarar ter autorizado operações letais da CIA em território venezuelano. Ele também confirmou que forças americanas realizarão incursões terrestres contra cartéis na região.

Para reforçar a presença militar, o governo enviou ao Comando Sul dos EUA o Carrier Strike Group liderado pelo USS Gerald R. Ford, maior porta-aviões do mundo, acompanhado do cruzador de mísseis guiados USS Gettysburg.

No fim de semana, em entrevista à CBS, Trump foi questionado se acreditava que os dias de Maduro estão contados. O presidente respondeu que sim, sem fornecer detalhes adicionais.

Com informações de Gazeta do Povo