Brasília, 31 out. 2025 – O vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá (PT-RJ), declarou apoio à megaoperação policial realizada na última terça-feira (28) no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortos – sendo 117 civis apontados pelo governo estadual como narcotraficantes e quatro policiais – além da prisão de 113 integrantes do Comando Vermelho.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Quaquá afirmou que “Ninguém enfrenta fuzil com beijinhos. Enfrenta-se fuzil dando tiro em quem está com fuzil”. A fala contraria a reação de aliados do partido e de integrantes do governo federal, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se disse “estarrecido” com o número de mortos, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que classificou a ação como ineficaz no combate ao crime organizado.
Mortes, apreensões e críticas à estratégia
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, a operação resultou ainda na apreensão de 91 fuzis, uma das maiores quantidades já recolhidas em uma única ação no estado.
Quaquá, que também é prefeito de Maricá, reconheceu falhas de comunicação entre o governo estadual e o Palácio do Planalto, lamentou as mortes – “sobretudo dos policiais”, disse – e admitiu que alguns inocentes podem estar entre as vítimas. No entanto, defendeu que “a grande maioria era de gente que portava fuzil, soldado do narcotráfico”.
Para o dirigente petista, a operação deveria ter sido planejada de forma diferente, com o “fechamento do morro para sufocar aos poucos até dominar e conquistar o território”. Ele defendeu a necessidade de integração entre governo estadual, União e prefeituras para enfrentar o tráfico: “Vamos combater o crime com tiro, porrada e bomba, para que os traficantes não dominem território. Porrada pra quem precisa”.
Com informações de Gazeta do Povo
