Brasília, 29 de outubro de 2025 – O senador Magno Malta (PL-ES) atribuiu ao governo federal e ao Supremo Tribunal Federal (STF) a responsabilidade pelo aumento da violência no Rio de Janeiro, um dia após a megaoperação policial realizada em 28 de outubro.
Em artigo publicado nesta quarta-feira (29) no site Pleno.News, o parlamentar afirmou que a ação criminosa que tomou ruas e comunidades cariocas “exibiu a falência moral, política e institucional” do Estado brasileiro. Malta classificou o cenário como “narcoterrorismo” e disse que o país vive “em colapso”.
Crítica ao Ministério da Justiça
O senador contestou declaração do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que teria isentado a União de responsabilidade sobre a segurança pública no Rio e atribuído a crise exclusivamente ao governador Cláudio Castro (PL). Para Malta, essa posição “rasga a Constituição”, citando o artigo 144, que define a segurança como dever comum dos entes federativos.
Ação do STF no centro do debate
Malta também responsabilizou o STF pela escalada do crime, mencionando a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, decisão que restringe operações policiais em comunidades cariocas. Segundo ele, a medida “entregou o território ao domínio das facções”.
Direita x esquerda
Na avaliação expressa no artigo, o congressista aponta diferenças entre “direita e esquerda” no trato da segurança pública. Para ele, governos de direita “enfrentam o crime”, enquanto a esquerda “justifica” ações de criminosos.
O parlamentar relembrou sua participação na CPI do Narcotráfico em 1999, quando alertou para a infiltração do crime organizado na política. Ele sustenta que o problema evoluiu do tráfico para o “narcoterrorismo institucionalizado”.
Repercussão política
Além de criticar o governo federal, Malta citou declaração recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que “o traficante é vítima do usuário”, classificando a fala como “convite à impunidade”. Para o senador, enquanto “bandidos são soltos”, policiais morrem e a população permanece refém da violência.
Magno Malta concluiu defendendo endurecimento no combate ao crime, valorização das forças de segurança e revisão de decisões que limitam a atuação policial em áreas dominadas por facções.
Com informações de Pleno.News