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Governo libera vagas em presídios federais para chefes do Comando Vermelho do Rio

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O Palácio do Planalto autorizou nesta terça-feira (28) a remoção imediata de detentos ligados ao Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro para unidades federais de segurança máxima. O pedido partiu do governador Cláudio Castro (PL) depois da megaoperação policial realizada contra a facção.

De acordo com Castro, um relatório elaborado pelas polícias Civil e Penal listou as dez principais lideranças que, mesmo presas, continuam a coordenar ações criminosas no estado. “Solicitei ao governo federal dez vagas para transferir esses criminosos considerados mais perigosos”, escreveu o governador nas redes sociais.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, comunicou a existência de vagas e marcou para esta quarta-feira (29) uma reunião de emergência no Rio com Castro e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Transferência depende de aval da Justiça

A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) informou que as remoções só ocorrerão após decisão judicial. O órgão acrescentou que o Rio de Janeiro é o segundo estado com mais presos sob custódia federal: são 59 detentos de alta periculosidade, 12 deles incluídos no sistema ao longo de 2025.

“A Senappen e a Polícia Penal Federal estão à disposição para colaborar no enfrentamento ao crime organizado”, afirmou a secretaria em nota.

Reunião no Planalto

Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda no exterior, o vice e presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), convocou uma reunião para acompanhar os desdobramentos da operação no Rio. Participaram os ministros Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Macaé Evaristo (Direitos Humanos), Sidônio Palmeira (Comunicação Social) e o secretário-executivo da Justiça, Manoel Carlos.

Sistema federal e histórico de fuga

O Sistema Penitenciário Federal conta com cinco prisões de segurança máxima — Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS), Brasília (DF) e Catanduvas (PR) — destinadas a isolar chefes de facções.

A primeira fuga registrada nessas unidades ocorreu em fevereiro de 2024, quando dois integrantes do Comando Vermelho escaparam da penitenciária de Mossoró por um buraco na parede da cela. A caçada durou 50 dias, custou cerca de R$ 6 milhões e terminou a 1,6 mil quilômetros dali, em Marabá (PA).

Com informações de Gazeta do Povo