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Sorrisos que viram sanções: três exemplos de Trump punindo países após encontros cordiais

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a exibir bom humor diante das câmeras no domingo, 26, ao se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Malásia. Apesar da conversa amigável, a tarifa de 50% aplicada desde agosto sobre grande parte das exportações brasileiras permaneceu inalterada. A cautela de analistas se apoia em episódios recentes em que aliados sofreram retaliações logo após reuniões aparentemente amistosas com o republicano.

Índia

Em fevereiro, Trump recebeu o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na Casa Branca. Durante a coletiva, elogiou o visitante e classificou o encontro como “reinício” de uma “amizade de longa data”. No entanto, mencionou “práticas comerciais injustas” de Nova Délhi. Pouco depois, em 1.º de abril, Washington impôs tarifa de 25% sobre produtos indianos no chamado Dia da Libertação. A sobretaxa subiu para 50% em agosto, após a compra de petróleo russo pelo governo Modi.

Rússia

Em 15 de agosto, Anchorage, no Alasca, foi palco da aguardada conversa entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a guerra na Ucrânia. O clima inicial foi de cordialidade, mas, sem acordo para cessar-fogo, a Casa Branca endureceu o tom. Na semana passada, o Departamento do Tesouro impôs sanções às gigantes petrolíferas Rosneft e Lukoil, alegando falta de comprometimento de Moscou com a paz. O Kremlin classificou a medida como “ato de guerra”.

Canadá

O premiê canadense, Mark Carney, foi recebido duas vezes por Trump neste ano — maio e 7 de outubro — e ouviu elogios sobre o “bom relacionamento” entre os dois países. Mesmo assim, a irritação do republicano com um vídeo divulgado pelo governo de Ontário, que incluía citação do ex-presidente Ronald Reagan sobre tarifas, levou ao rompimento das negociações comerciais. Dois dias depois, Washington elevou em 10 pontos percentuais as tarifas já existentes. Antes disso, o Canadá enfrentava sobretaxa de 35% fora do acordo norte-americano e impostos de 50% sobre aço e alumínio.

Os três casos reforçam a volatilidade da diplomacia econômica de Trump e servem de alerta para Brasília, que ainda busca reverter a tarifa de 50% imposta pelo líder norte-americano.

Com informações de Gazeta do Povo