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Advogado de Trump ironiza Lula por defesa do Judiciário brasileiro e referência a Bolsonaro

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Brasília/Kuala Lumpur — O advogado do presidente norte-americano Donald Trump, Martin de Luca, publicou uma série de mensagens irônicas na rede social X neste domingo (26) após o encontro de aproximadamente 45 minutos entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o chefe da Casa Branca, realizado em Kuala Lumpur, na Malásia.

No primeiro post, De Luca comentou que “uma reunião é um sucesso retumbante quando um lado fica completamente em silêncio e o outro se apressa em declará-la ótima”, acrescentando que o único resultado anunciado foi o compromisso de as equipes voltarem a se reunir “para iniciar negociações que já vêm acontecendo há semanas”. Em tom jocoso, ele encerrou a mensagem com a palavra “progresso”, referindo-se a Brasília.

O jurista também ridicularizou a informação que, segundo ele, Lula teria levado a Trump sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Lula disse que o que aconteceu com Bolsonaro foi obra de um ‘poder Judiciário totalmente independente’ e com ‘amplo direito de defesa’. Ai”, escreveu.

Em outra publicação, De Luca comentou entrevistas concedidas pelo chanceler brasileiro, Mauro Vieira. Ele destacou a “linguagem corporal” do ministro quando respondeu a questionamentos sobre Venezuela e big techs. “O chanceler afirma que não discutiram as razões das tarifas e sanções e, dez segundos depois, admite que o assunto foi o julgamento de Bolsonaro. Mais progresso? Ou só vieram para uma sessão de fotos?”, ironizou.

O advogado ainda lembrou a promessa de Lula de que, após a reunião, os dois presidentes responderiam a mais perguntas da imprensa. “E tudo o que ouvimos depois foi um tuíte do Lula e outro do Mauro Vieira…”, criticou.

Num último comentário, De Luca reagiu à proposta de Lula, citada por Vieira, de mediar a crise entre Estados Unidos e Venezuela. “Obrigado por oferecer, mas estamos bem”, publicou.

Tarifas e pauta bilateral

De acordo com a chancelaria brasileira, o principal objetivo do encontro era tentar obter o recuo das tarifas de 50% que Washington impôs a produtos brasileiros. O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa, confirmou que a condenação de Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe, quando o ex-mandatário era aliado de Trump, também entrou na pauta.

Segundo Mauro Vieira, os canais diplomáticos dos dois países podem voltar a se reunir ainda neste domingo para dar continuidade às negociações.

Com informações de Gazeta do Povo