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Porta-aviões dos EUA e sanções a Petro elevam tensão antidrogas na América Latina

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WASHINGTON, 25.out.2025 – O governo dos Estados Unidos ampliou nesta semana a pressão militar e política contra o narcotráfico na América Latina, enviando o grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald Ford à região e decretando sanções contra o presidente da Colômbia, Gustavo Petro.

Grupo de ataque no Caribe

A Casa Branca confirmou o deslocamento do USS Gerald Ford, acompanhado por forças especiais e navios de guerra. Segundo o presidente Donald Trump, operações recentes resultaram na captura de “mais de 3 mil traficantes”.

A movimentação militar provocou reação imediata de Caracas. O venezuelano Nicolás Maduro gravou um apelo em inglês pedindo “desescalada” a Washington e declarou que o próprio governo combate o tráfico de drogas. Paralelamente, o ministro da Defesa da Venezuela acusou a CIA de já operar clandestinamente no país.

No mesmo contexto, o México entregou aos EUA um produtor de fentanil procurado pela Justiça norte-americana.

Sanções a Gustavo Petro

O Departamento do Tesouro anunciou sanções contra o presidente colombiano Gustavo Petro e familiares, sob suspeita de ligação com o narcotráfico. A medida provocou forte repercussão na Colômbia, gerando protestos anti-americanos e, simultaneamente, pedidos de investigação parlamentar sobre as acusações contra o chefe de Estado.

Cenário político conturbado

Na América do Sul, outras crises ganharam destaque:

  • Brasil: Luiz Inácio Lula da Silva voltou a provocar Donald Trump às vésperas de um possível encontro, numa estratégia considerada arriscada por assessores diplomáticos.
  • Argentina: Javier Milei fez, na véspera das eleições, apelo por maioria no Congresso para “derrotar o comunismo”.
  • Equador: O presidente Daniel Noboa afirmou ter escapado de tentativa de envenenamento.
  • Bolívia: Um bloco regional apelidado de “clube de ditaduras” suspendeu o novo governo boliviano, rotulando-o de “pró-imperialista”.

Tensões além do continente

Na Europa, o aumento de hostilidades levou a Croácia a restabelecer o serviço militar obrigatório. No Oriente Médio, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, declarou que uma agência da ONU ficará fora da distribuição de ajuda em Gaza, classificando-a como “subsidiária do Hamas”.

No âmbito comercial, Trump interrompeu negociações com o Canadá após Ottawa usar, em campanha interna, um vídeo antigo do ex-presidente Ronald Reagan criticando tarifas.

As medidas norte-americanas contra o narcotráfico e as respostas de governos latino-americanos reforçam um cenário regional de instabilidade, enquanto disputas políticas internas e crises internacionais seguem em paralelo.

Com informações de Gazeta do Povo