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Sanções dos EUA a Gustavo Petro geram reação do governo colombiano e pedidos de investigação da oposição

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O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs, nesta sexta-feira (24), sanções econômicas ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro; à primeira-dama, Veronica del Socorro Alcocer García; ao filho mais velho do mandatário, Nicolás Petro Burgos; e ao ministro do Interior, Armando Benedetti. Segundo Washington, Petro teria permitido a ação de cartéis de drogas e se recusado a combatê-los.

Defesa de Petro e aliados

No X (antigo Twitter), Nicolás Petro afirmou que a promotora que conduz o processo contra ele, Lucy Laborde, declarou que não há relação entre o caso e narcotráfico ou a campanha presidencial de 2022. “Só por ser filho de Gustavo Petro, fui colocado injustamente na Lista Clinton”, escreveu, anunciando que recorrerá a organismos internacionais.

Também incluído nas sanções, o ministro Armando Benedetti reagiu com a frase “Gringos, go home” e disse que foi punido por defender “a dignidade do país” ao afirmar que Petro não é traficante. Ele classificou a política antidrogas norte-americana como “farsa armamentista”.

O próprio Gustavo Petro declarou que ingressará com ação na Justiça dos EUA, representado pelo advogado norte-americano Dany Kovalik. “Combater o tráfico de drogas por décadas e com eficácia me traz esta medida”, escreveu o presidente, acrescentando que “nunca se ajoelhará”.

Críticas da oposição

Adversários políticos comemoraram a decisão de Washington. O vereador de Bogotá Daniel F. Briceño, responsável por mais de 400 denúncias contra o governo, chamou Petro de “vergonha nacional e internacional”.

A senadora María Fernanda Cabal afirmou que “fazer acordos com criminosos” e “evitar extradições” traz consequências. Ela cobrou que os EUA apresentem provas de eventual financiamento do narcotráfico à campanha presidencial de 2022.

As sanções incluem o bloqueio de bens e a proibição de transações com pessoas e empresas norte-americanas. Até o momento, a Casa de Nariño não divulgou detalhes sobre eventuais impactos imediatos nas finanças dos atingidos.

Com informações de Gazeta do Povo