O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), sancionou na terça-feira, 21 de novembro, a lei que inclui o Dia da Memória das Vítimas do Comunismo no calendário oficial do DF.
De acordo com a norma, a data será lembrada todo 4 de junho, quando o poder público deverá promover atividades de reflexão sobre os danos causados à humanidade por regimes comunistas.
Origem e aprovação
A proposta é de autoria do deputado distrital Thiago Manzoni (PL) e foi aprovada no fim de setembro pela Câmara Legislativa, com 16 votos favoráveis e 5 contrários. Votaram contra os distritais Gabriel Magno (PT), Fábio Félix (Psol), Chico Vigilante (PT), Dayse Amarilio (PSB) e Ricardo Vale (PT).
Manzoni afirmou que o objetivo da iniciativa é lembrar as mortes atribuídas a regimes comunistas e evitar que o Brasil “seja alcançado por esse mal”. Segundo o parlamentar, esses governos surgiram sob a promessa de igualdade social, mas resultaram em massacres.
Referência histórica
O 4 de junho foi escolhido em referência ao massacre da Praça da Paz Celestial, ocorrido em 1989, quando o governo chinês reprimiu manifestações pró-democracia em Pequim.
Repercussão interna
A sanção gerou crise no Palácio do Buriti. O chefe da Assessoria Institucional do governo, Bartolomeu Rodrigues, pediu demissão na sexta-feira, 24 de novembro. Em carta aberta, ele classificou a lei como “revisionismo histórico” e “abjeta”.
Rodrigues criticou a ausência de menção às vítimas da ditadura militar brasileira e citou nomes como o do jornalista Vladimir Herzog e o do estudante Honestino Guimarães. O ex-assessor declarou que seguirá atuando pela revogação da norma.
Com informações de Direita Online