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Gerada em estupro, norte-americana condena aborto em casos de violência: “Também temos direito à vida”

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A norte-americana Patti Smith, 67 anos, adotada ainda bebê, descobriu na vida adulta que foi concebida após a mãe biológica ser estuprada. O relato, dado ao portal God Reports, levou a cristã a defender publicamente que a legislação não exclua crianças geradas em situações de violência sexual.

Patti cresceu em uma família adotiva nos Estados Unidos sem informações sobre sua origem. Aos 18 anos, enquanto cursava o Ensino Médio em 1973, engravidou do namorado e procurou orientação em uma clínica da Planned Parenthood. Segundo conta, a equipe marcou um aborto para a semana seguinte sem oferecer aconselhamento.

“A enfermeira dizia que eu não queria atrapalhar a faculdade e que seria difícil criar um bebê aos 18 anos”, lembrou. O quadro mudou quando Patti procurou líderes de sua igreja, recebeu apoio para levar a gestação adiante e contou com a ajuda dos pais e do namorado, com quem se casou antes de completar 19 anos. O filho, Jeremy, hoje tem 50 anos.

Reencontro com a mãe biológica

Aos 34, Patti decidiu localizar a mãe. Com apenas o sobrenome e a cidade de origem, conseguiu encontrá-la por telefone. O encontro presencial ocorreu em Los Angeles e durou três dias. Foi então que soube da violência sofrida pela mulher que a gerou.

“Ela tremia ao contar que tinha sido estuprada e pediu que eu nunca revelasse seu paradeiro ao agressor”, relatou. Mesmo traumatizada, a mãe se recusou a abortar e entregou a filha para adoção. “Você foi luz em um momento escuro”, disse à filha.

Ativismo pró-vida

Com a descoberta, Patti passou a atuar em organizações contrárias ao aborto, como Save the One, 40 Days for Life e Lutherans for Life. Ela critica leis que permitem a interrupção da gravidez em casos de estupro.

“Pessoas concebidas por estupro não são cidadãs de segunda classe. Por que o foco recai sobre o bebê, e não sobre o agressor?”, questiona.

Hoje, Patti dedica-se a palestrar em igrejas e eventos pró-vida, incentivando o apoio a gestantes em situação de vulnerabilidade. Ela considera ter tido a oportunidade de agradecer à mãe biológica dois anos antes do falecimento dela, encontro que descreve como “um presente de Deus”.

O relato de Patti reforça sua mensagem principal: a defesa da vida desde a concepção, independentemente das circunstâncias que cercam a gravidez.

Com informações de Guiame