23/10/2025 – As frentes de política externa dos Estados Unidos voltaram a se acirrar nesta quinta-feira (23) após novas decisões do presidente Donald Trump. De um lado, Washington intensificou sanções contra a Rússia e autorizou o envio de armamentos de maior alcance à Ucrânia; de outro, elevou o tom contra governos latino-americanos, mirando diretamente Colômbia e Venezuela, enquanto mantém relação oscilante com o Brasil.
Tensão com Moscou
O governo norte-americano impôs sanções às maiores petroleiras russas e exigiu cessar-fogo imediato na guerra da Ucrânia. Paralelamente, fontes oficiais informaram que Kiev recebeu autorização para empregar mísseis ocidentais de longo alcance contra alvos dentro do território russo. A escalada gerou alerta público do chefe do Exército da França, que mencionou a possibilidade de um conflito direto com Moscou.
Colômbia vira alvo de críticas
Na América do Sul, Trump descreveu o presidente colombiano Gustavo Petro como “bandido e cara mau” e anunciou suspensão de pagamentos a Bogotá, alegando aumento da produção de cocaína. Além disso, Washington decidiu ampliar sua presença militar na costa da Colômbia.
Pressão sobre Maduro
Reportagem da imprensa norte-americana afirma que o presidente dos EUA autorizou operações da CIA capazes de acelerar a queda do regime de Nicolás Maduro na Venezuela. Em resposta, Caracas intensificou a repressão interna, com crescimento do número de presos políticos.
Brasil entre tarifas e diplomacia
Trump afirmou que a tarifa sobre a carne brasileira favoreceu pecuaristas americanos, reiterando a medida. Mesmo assim, uma fonte da Casa Branca indicou interesse do republicano em se reunir com o presidente Lula durante viagem prevista à Ásia.
Outros focos de crise
Na Argentina, o governo de Javier Milei sofreu a renúncia do chanceler às vésperas de eleições decisivas. No Oriente Médio, Israel recuperou os corpos de mais dois reféns do Hamas, enquanto Washington mantém pressão sobre o grupo palestino para um acordo.
As declarações e medidas desta quinta-feira ampliam a rede de frentes externas abertas pela Casa Branca, aprofundando incertezas diplomáticas em diferentes regiões.
Com informações de Gazeta do Povo