O Ministério Público da Itália emitiu parecer favorável à extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para o Brasil, informou a Advocacia-Geral da União (AGU) nesta sexta-feira (17). A manifestação segue agora para análise da Justiça italiana, que dará a palavra final antes de o governo do país decidir se a parlamentar será ou não entregue às autoridades brasileiras.
Zambelli está presa preventivamente desde 29 de julho na penitenciária feminina de Rebibbia, nos arredores de Roma. A Justiça italiana justificou a detenção cautelar apontando “grave risco de fuga”.
Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por participar, junto de um hacker, da invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a deputada deixou o Brasil antes que a sentença se tornasse definitiva. A fuga motivou sua inclusão na lista vermelha da Interpol. Em julho, ela foi localizada e detida pela polícia italiana, dando início ao processo de extradição.
A AGU atua no caso para garantir o cumprimento da decisão do STF no exterior. Segundo o órgão, Zambelli já passou por três audiências de custódia na Itália e teve todos os pedidos de liberdade rejeitados, inclusive pela Corte de Apelação de Roma, que entendeu haver fortes indícios de risco de evasão.
Durante a prisão, a parlamentar enviou uma carta ao ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, na qual criticou o ministro do STF Alexandre de Moraes. A defesa também recorreu à Corte Interamericana de Direitos Humanos, alegando falta de atendimento médico adequado na penitenciária de Rebibbia.
O processo segue sob avaliação das autoridades italianas. Caso a extradição seja autorizada, a deputada retornará ao Brasil para cumprir a pena imposta pelo STF.
Com informações de Direita Online
