O governo de Israel confirmou nesta terça-feira (21) a restituição do corpo de Tal Haimi, 41 anos, refém assassinado durante os ataques de 7 de outubro de 2023. A vítima chefiava a equipe de defesa civil do kibutz Nir Yitzhak e foi baleada enquanto tentava proteger a comunidade da invasão terrorista.
De acordo com o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o corpo de Haimi foi levado para a Faixa de Gaza após o crime e só agora foi entregue por integrantes do Hamas. A inteligência israelense já havia comunicado à família, em dezembro de 2023, que possuía evidências da morte do refém, mas os parentes aguardavam a liberação para realizar o funeral.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) promoveram uma cerimônia póstuma em que Haimi recebeu o posto de sargento-mor da reserva. Netanyahu divulgou nota em que manifestou solidariedade aos familiares e voltou a cobrar o Hamas pela devolução dos 15 corpos de reféns que ainda permanecem em Gaza.
Família e legado
Tal Haimi deixa a esposa, Ela, e quatro filhos: Nir, Einav, Udi e Lotan. O caçula nasceu em maio de 2024, sete meses após a morte do pai.
Troca de corpos dentro do acordo de cessar-fogo
Nesta mesma terça-feira, autoridades israelenses entregaram 15 corpos de palestinos à Faixa de Gaza, elevando para 165 o número de restos mortais repatriados desde 10 de outubro de 2023. Israel se comprometeu a devolver 360 corpos de palestinos em sua posse em troca da recuperação dos 28 reféns mortos mantidos pelo Hamas.
Visitas diplomáticas e monitoramento do acordo
Em paralelo, Netanyahu recebeu o chefe da inteligência egípcia, Hassan Rashad, para discutir a continuidade do plano para Gaza apoiado pelos Estados Unidos. O vice-presidente norte-americano, J.D. Vance, também está em Tel Aviv para acompanhar a implementação do cessar-fogo. O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e Jared Kushner integram a comitiva que se reunirá com autoridades israelenses nas próximas horas.
As visitas ocorrem em meio a trocas de acusações entre Israel e Hamas sobre violações da primeira fase do acordo, ainda em vigor.
Com informações de Gazeta do Povo