A Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou na segunda-feira, 20 de outubro, uma resolução que coloca a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026 como prioridade máxima da sigla. O documento de 29 pontos também direciona ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro, à direita brasileira e ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No texto, o partido afirma que garantir um segundo mandato a Lula é “condição fundamental” para manter as políticas econômicas e sociais do atual governo, bem como para “proteger os direitos do povo brasileiro”.
Alinhamento com o Planalto
A resolução foi divulgada no mesmo dia em que Lula anunciou a nomeação do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a Secretaria-Geral da Presidência. A pasta é responsável pela articulação com movimentos sociais, o que sinaliza, segundo o PT, uma estratégia conjunta entre governo e legenda para a disputa eleitoral de 2026.
Pautas econômicas e sociais
O partido celebra medidas como a taxação de super-ricos e a ampliação da isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, classificadas como passos rumo a um sistema tributário mais justo. Em paralelo, defende propostas como tarifa zero no transporte público, redução da jornada de trabalho e regulação das redes sociais.
Confronto com adversários
A sigla responsabiliza a “extrema direita” pela derrubada da medida provisória que previa a taxação de apostas esportivas e critica o Congresso por supostamente atuar contra os interesses da maioria da população. O partido promete mobilizações “dentro e fora do Parlamento” para aprovar sua agenda.
Sobre Bolsonaro, o PT classifica como “vitória histórica do Estado Democrático de Direito” a condenação do ex-presidente e de militares acusados de tentativa de golpe. O texto também aponta Bolsonaro como responsável por crimes durante a pandemia, incluindo sabotagem à vacinação e disseminação de informações falsas.
Cenário internacional
Na política externa, a resolução acusa o governo israelense de praticar genocídio contra palestinos em Gaza e critica o presidente Donald Trump por supostas “ações militares” na Venezuela, consideradas violações de soberania.
O partido promete atuar “no Parlamento, nas redes e nas ruas” para “desarticular o pacto entre a extrema direita fascista, neoliberal e antidemocrática, o governo Trump e setores da direita brasileira”.
Agenda de mobilização
Por fim, o PT convoca a militância para atos em 8 de janeiro de 2026, data que a legenda chama de “vitória da democracia” e “resistência contra ataques golpistas” atribuídos ao bolsonarismo.
A resolução reforça o discurso de que o partido será o “pilar da democracia” na próxima corrida presidencial e indica que a campanha pela continuidade de Lula já está em curso.
Com informações de Gazeta do Povo