Tel Aviv (20.out.2025) – O enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e o assessor presidencial Jared Kushner desembarcaram em Israel nesta segunda-feira (20) para discutir a manutenção do cessar-fogo entre Israel e Hamas, abalado por confrontos no sul da Faixa de Gaza.
Logo após a chegada, Witkoff e Kushner se reuniram em Jerusalém com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O encontro tratou de passos imediatos para garantir a continuidade da trégua, em vigor há pouco mais de uma semana. A agenda da dupla inclui novas conversas com mediadores do Egito e do Catar ainda hoje.
Clima tenso após troca de fogo em Khan Younis
No domingo (19), combatentes do Hamas atravessaram a chamada Linha Amarela – zona da qual as Forças de Defesa de Israel (FDI) haviam se retirado conforme o acordo – na região de Khan Younis. Segundo comunicado militar, os militantes “representavam ameaça iminente” e foram atingidos por caças acionados pelas tropas terrestres israelenses.
Reféns e corpos ainda pendentes
A trégua permitiu a libertação dos últimos 20 sobreviventes mantidos reféns pelo Hamas desde 7 de outubro de 2023. Permanecem, contudo, 16 corpos de sequestrados que Israel afirma já deveriam ter sido entregues. O grupo islâmico prometeu liberar o corpo de mais um refém ainda nesta segunda-feira, informação confirmada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Washington intensifica presença
Além da missão de Witkoff e Kushner, o vice-presidente norte-americano, J.D. Vance, deve visitar Israel nos próximos dias para acompanhar a implementação do acordo e conversar com Netanyahu.
Acusações mútuas de violações
O governo israelense acusa o Hamas de descumprir o plano articulado pela administração Trump, tanto pela demora na devolução dos corpos quanto pelos recentes confrontos em Rafah. Já o movimento palestino afirma que Israel segue realizando ataques a Gaza, violando os termos acertados.
Sem consenso sobre as denúncias, negociadores correm contra o relógio para evitar o colapso do cessar-fogo e impedir uma nova escalada militar na região.
Com informações de Gazeta do Povo