Manifestantes voltaram às ruas neste sábado (18) em uma nova onda de protestos contra o presidente Donald Trump. Sob o lema “No Kings” (“Não Queremos Reis”), atos foram convocados em cerca de 2,5 mil cidades, distribuídas pelos 50 estados norte-americanos.
As maiores concentrações ocorreram na Times Square, em Nova York; nos arredores do Capitólio, em Washington; e no centro de Chicago. Houve ainda registros menores em localidades europeias como Berlim, Paris e Roma.
Contexto político
Republicanos afirmam que a oposição democrata teria retardado as negociações orçamentárias para reabrir o governo federal, paralisado desde 1º de outubro por falta de verbas, a fim de estimular os protestos. Já democratas acusam Trump de ameaçar a Primeira Emenda da Constituição ao tentar, segundo eles, silenciar críticas públicas.
Reação da Casa Branca e aliados
Até as 16h30 (horário local), a Casa Branca não havia divulgado posicionamento oficial. No entanto, o perfil governamental na rede X compartilhou uma charge do Departamento de Transportes que mostra os líderes democratas Chuck Schumer e Hakeem Jeffries trajados como princesas.
Schumer, presente na manifestação nova-iorquina, declarou que marcharia “ao lado de trabalhadores, sindicalistas e cidadãos” e defendeu que “ditadores prosperam quando pessoas de bem se calam”.
O porta-voz da Câmara, Mike Johnson (Partido Republicano), classificou os atos como “expressões de ódio aos Estados Unidos”, supostamente conduzidas por simpatizantes do Hamas e integrantes do movimento antifascista Antifa, definido recentemente por Trump como organização terrorista.
Trump se defende
De Mar-a-Lago, na Flórida, onde passa o fim de semana sem agenda oficial, Trump negou agir de forma autoritária. “Eles estão me chamando de rei. Eu não sou um rei”, disse em entrevista à Fox Business.
Cobertura das redes e símbolos dos protestos
Segundo a Fox News, cartazes vistos nos atos comparavam agentes do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE) à Ku Klux Klan. Outros traziam frases como “todos os nazistas merecem o inferno”.
A mobilização deste sábado foi a segunda grande jornada contra Trump em 2025; a primeira ocorreu em 14 de junho, aniversário do presidente, com críticas semelhantes ao que manifestantes chamam de condução “autoritária” de seu segundo mandato.
Com informações de Gazeta do Povo