O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) acionou a polícia dos Estados Unidos na sexta-feira (17) depois que dois homens, dentro de um carro preto com vidros escurecidos, ficaram estacionados por um longo período em frente à casa onde ele mora com a família, no Texas.
Segundo relato publicado por Eduardo na rede social X — posteriormente apagado na madrugada de sábado (18) —, sua esposa percebeu que os ocupantes do veículo usavam óculos escuros e pareciam fotografar ou manipular celulares de forma “estranha” enquanto observavam a residência. Ao deixar o local, o motorista teria dado meia-volta, em vez de seguir pela rua, o que aumentou a desconfiança do parlamentar.
Deputado vive nos EUA desde março
Eduardo Bolsonaro mudou-se para os Estados Unidos em março de 2025 e mantém contatos frequentes com aliados do ex-presidente Donald Trump. Um dos objetivos declarados é pressionar por eventuais sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Possível vigilância por agentes estrangeiros
Na postagem apagada, o deputado afirmou que, caso o monitoramento tenha sido realizado por agentes de outro país, a ação configura crime segundo a legislação norte-americana. Ele também mencionou que “no Texas, as pessoas têm o direito e os meios para se proteger” se a situação evoluir.
Investigado no STF
Eduardo é alvo de inquérito no STF que apura suspeitas de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Alerta sobre suposta operação da PF
Na quinta-feira (16), o jornalista Paulo Figueiredo afirmou, em transmissão ao vivo, ter recebido de autoridades norte-americanas a informação de que a Polícia Federal brasileira estaria monitorando Eduardo em solo americano por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Figueiredo classificou a possível vigilância como “abuso de autoridade”.
Após registrar a ocorrência, o deputado não divulgou detalhes sobre o andamento da investigação da polícia texana.
Com informações de Gazeta do Povo