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Ciro Nogueira afirma que ação de Eduardo Bolsonaro nos EUA comprometeu plano da direita para 2026

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Brasília – O senador Ciro Nogueira (PP-PI) declarou que a movimentação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos causou “um prejuízo gigantesco” ao projeto eleitoral da direita para 2026. A avaliação foi feita em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, exibido na noite de domingo (13).

Segundo Nogueira, “a eleição estava completamente resolvida” antes das recentes ações do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Agora, avalia o parlamentar, o campo conservador precisará disputar a Presidência de forma mais acirrada.

Deputado denuncia STF no exterior

Eduardo Bolsonaro permanece nos Estados Unidos, onde tem denunciado supostos abusos e perseguições por parte do Supremo Tribunal Federal, especialmente do ministro Alexandre de Moraes. Para o presidente do Progressistas, essas denúncias resultaram em sanções que, na visão dele, “deixaram o presidente Lula muito feliz”, pois teriam elevado a popularidade do chefe do Executivo.

Ainda assim, Nogueira disse ver com bons olhos a reabertura de diálogo entre Brasil e EUA, mas criticou a “demora” de Lula em iniciar tratativas bilaterais.

Planos para 2026

O senador afirmou que Jair Bolsonaro “já decidiu” quem será o candidato da direita em 2026, apontando os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Júnior (PSD-PR) como nomes mais viáveis.

Mandatos no STF e idade de aposentadoria

Questionado sobre a proposta de mandatos fixos para ministros do STF, Nogueira disse preferir um limite “significativo” de idade para aposentadoria compulsória – hoje estabelecido em 75 anos – mas ressaltou que essa não é sua principal preocupação no momento. O foco, afirmou, é saber se Lula indicará ao Senado um nome técnico e sem viés ideológico para a Corte.

MP da Taxação e emendas parlamentares

Durante a entrevista, o senador também comentou a chamada MP da Taxação, que caducou após sucessivos adiamentos no Congresso. Ele minimizou a possibilidade de articulação direta do governador Tarcísio pela derrubada da medida, mas atribuiu o agradecimento público do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) à postura de Tarcísio contra aumentos de impostos.

Com a medida provisória fora de pauta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cogitou propor a Lula o corte de R$ 10 bilhões em emendas parlamentares para compensar parte dos R$ 17 bilhões que seriam arrecadados. Nogueira reagiu, defendendo que “em hipótese nenhuma” se fale em extinguir o mecanismo. Segundo ele, estados carentes, como o Piauí, “não vivem sem essas emendas”. O senador acusou o governo de tentar concentrar o controle desses recursos para ampliar poder de barganha sobre deputados e senadores.

Ao final, Nogueira reforçou estar “esperançoso” com o desempenho da direita em 2026, apesar dos contratempos causados pela atuação de Eduardo Bolsonaro.

Com informações de Gazeta do Povo