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Lula solicitou a Trump suspensão temporária de tarifa de 40%, afirma Alckmin

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O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou neste domingo (12) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a suspensão da tarifa de 40% sobre produtos brasileiros enquanto estiverem em curso as negociações bilaterais. A declaração foi feita em Aparecida (SP), após a missa do Dia de Nossa Senhora Aparecida.

Pedido ocorreu em telefonema de 6 de outubro

De acordo com Alckmin, a solicitação foi apresentada durante uma ligação telefônica entre Lula e Trump em 6 de outubro. No mesmo contato, o norte-americano anunciou que o secretário de Estado, Marco Rubio, conduzirá as tratativas com o Brasil.

Analistas consideram Rubio um negociador mais duro, mas Alckmin minimizou possíveis entraves: “A orientação do presidente Trump foi muito clara. Eles querem diálogo e entendimento”, declarou.

Primeira reunião marcada para 17 de outubro

O início das conversas está previsto para segunda-feira (17). O chanceler Mauro Vieira representará o Brasil no encontro com Rubio, que deve abranger não apenas as tarifas, mas também a aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades estrangeiras. O governo brasileiro incluiu a revogação dessas sanções no mesmo pacote de reivindicações encaminhado a Washington.

Tarifa entrou em vigor em agosto

Trump assinou a medida tarifária em 30 de julho. Originalmente programada para valer a partir de 1º de agosto, a cobrança foi adiada para 6 de agosto. Desde então, a taxa incide sobre diversos produtos brasileiros.

Encontros anteriores na ONU

Na Assembleia-Geral das Nações Unidas, Trump relatou ter conversado com Lula por cerca de 30 segundos nos corredores do evento e disse ter sentido “química” com o brasileiro. Depois, ocorreu o telefonema considerado cordial por ambos os governos.

Nos dias seguintes, Lula adotou tom mais firme em discursos públicos. O presidente chegou a dizer que, por ser mais velho que Trump, poderia “falar grosso”, e afirmou que não “abaixaria a cabeça” diante das pressões norte-americanas.

Com informações de Gazeta do Povo