Brasília – O Partido dos Trabalhadores (PT) começou a veicular neste sábado (11) sua mais recente propaganda partidária em rede nacional de televisão, faltando exatamente um ano para as eleições de 2026. O vídeo convida o público a refletir “que país você quer?”, contrastando propostas defendidas pela sigla com posições atribuídas à oposição.
Ao longo de 30 segundos, a peça publicitária confronta temas econômicos e sociais. Entre os exemplos citados estão o combate à fome, a taxação de bilionários, a redução da jornada de trabalho e a chamada “PEC da imunidade”, proposta que buscava exigir autorização da Câmara para investigações contra parlamentares. Nos segundos finais, surge o slogan “PT em defesa do Brasil e do povo brasileiro”.
Pauta econômica em evidência
O partido tenta recuperar terreno após reveses no Congresso. Recentemente, a Medida Provisória que previa novas cobranças de impostos para gerar R$ 17 bilhões em receita perdeu validade. Diante da derrota, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que poderia cortar R$ 10 bilhões em emendas parlamentares, o que motivou reação do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que classificou a ideia como “contrária à população”.
PEC da imunidade e jornada de trabalho
No campo político, a propaganda coloca a PEC da imunidade como contraponto à proposta de reduzir a carga horária semanal de 44 para 36 horas sem corte de salários. A emenda constitucional foi defendida por parlamentares que alegam perseguição do Supremo Tribunal Federal, entre eles o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), mas acabou rejeitada no Senado. Já a redução da jornada agrada parte dos trabalhadores, embora especialistas alertem para possíveis efeitos adversos, como aumento da intensificação do trabalho.
Retirada do mapa da fome
O vídeo também retoma a bandeira histórica do PT de tirar o Brasil do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU). Atualmente, o país permanece fora da lista por ter menos de 2,5 % da população em risco de subnutrição. Especialistas, no entanto, apontam problemas persistentes, como o desperdício de alimentos, que podem provocar oscilações nos indicadores.
A campanha seguirá no ar nas próximas inserções partidárias previstas pela Justiça Eleitoral, abrindo oficialmente a temporada de peças publicitárias que antecedem a disputa presidencial de 2026.
Com informações de Gazeta do Povo
