O Ministério da Justiça de Israel divulgou nesta sexta-feira (10) a relação de 250 palestinos condenados à prisão perpétua que serão soltos durante o cessar-fogo pactuado com o Hamas. A lista, porém, não traz alguns dos principais detentos exigidos pelo grupo terrorista nas negociações.
De acordo com fontes palestinas ouvidas pelo canal catariano Al Araby, mediadores ainda buscam consenso porque nomes considerados prioritários pelo Hamas não aparecem no documento israelense. Entre os libertados estão integrantes do Hamas, da Jihad Islâmica Palestina, do Fatah e da Frente Popular para a Libertação da Palestina, todos condenados por atentados fatais contra israelenses.
Quem está na lista
Um dos nomes confirmados é Iyad al Rub, alto dirigente da Jihad Islâmica condenado pelo ataque suicida que matou seis pessoas e feriu 55 na cidade de Hadera, em 2006. Já Marwan Barghouti, líder proeminente do Fatah preso em 2002, não foi incluído.
Distribuição dos libertados
O governo informou que 15 detentos serão enviados para Jerusalém Oriental, 100 para a Cisjordânia e 135 para Gaza ou “outros locais”. Negociadores efetuaram ajustes de última hora, substituindo 11 presos ligados ao Fatah por militantes do Hamas; nove desses cumprem pena de prisão perpétua.
Medidas adicionais
Além dos 250 condenados, Israel aceitou liberar mais 1.700 palestinos detidos durante a guerra e entregar os corpos de 360 militantes a Gaza, sem detalhar se há envolvidos no massacre de 7 de outubro de 2023. O governo, contudo, recusou o pedido do Hamas para devolver os corpos de Yahya e Mohammed Sinwar, mortos em operações israelenses.
Contrapartida do Hamas
Em troca, o Hamas se comprometeu a libertar, nas próximas 72 horas, 48 reféns – vivos ou mortos – que estão na Faixa de Gaza. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha atuará como mediador e ficará responsável por localizar os restos mortais de 28 reféns presumivelmente falecidos.
Com informações de Gazeta do Povo