Rio de Janeiro, 10 out. 2025 – Em artigo publicado nesta sexta-feira (10), o teólogo e jornalista Pedro Augusto afirmou que a Igreja Primitiva descrita no livro de Atos não pode ser classificada como socialista. O texto foi veiculado no portal Pleno.News às 11h56.
Segundo o autor, a interpretação de Atos 2:44 como evidência de uma comunidade cristã socialista ignora passagens posteriores das Escrituras que indicam a existência de propriedade privada. Ele destaca que os primeiros cristãos possuíam “casas, propriedades e bens pessoais”, algo incompatível, na visão dele, com a adoção de um sistema socialista.
Pedro Augusto acrescenta que, em Atos 5:4, o apóstolo Pedro deixa claro que a venda de bens e a oferta de recursos eram voluntárias, não impostas por qualquer autoridade. Para o articulista, a prática de doações espontâneas na igreja do primeiro século difere de experiências socialistas do século XX, que, segundo ele, envolveram confisco de patrimônios.
O colunista cita ainda o oitavo mandamento – “Não cobiçarás” – e a passagem de Deuteronômio 27:17 (“Maldito quem deslocar o marco de fronteira do seu vizinho”) como referências bíblicas que, em sua avaliação, respaldam a legitimidade da propriedade privada. Esses textos, observa, estariam em contradição com princípios comunistas.
No artigo, Augusto argumenta que os primeiros cristãos aguardavam “o retorno de Cristo e a instauração do Reino de Deus”, não uma “sociedade igualitária perfeita”. Ele conclui que atribuir à Igreja Primitiva características socialistas seria uma distorção do conteúdo bíblico para fins ideológicos.
Com informações de Pleno.News