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Netanyahu promete desarmar Hamas “por bem ou por mal” após início de cessar-fogo

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Jerusalém, 10 de outubro de 2025 – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta sexta-feira (10) que a próxima etapa do acordo de cessar-fogo com o Hamas prevê o desarmamento da facção e a desmilitarização completa da Faixa de Gaza, mesmo que isso exija o uso da força.

“Estamos cercando o Hamas por todos os lados em preparação para as próximas fases do plano, nas quais o Hamas será desarmado e Gaza será desmilitarizada. Se isso puder ser obtido por bem, ótimo. Caso contrário, será por mal”, declarou Netanyahu em mensagem de vídeo.

Pressões rejeitadas

O premiê disse ter enfrentado “enormes pressões internas e externas” para modificar a ofensiva, citando pedidos para não entrar em Rafah, não assumir o corredor Filadélfia e retirar as tropas da Faixa de Gaza. Segundo ele, essas solicitações partiram, entre outros, do ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden. “Rejeitei todas essas pressões porque tinha uma única consideração: a segurança de Israel”, ressaltou.

Agradecimento a Trump

Netanyahu agradeceu à equipe israelense de negociação, liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Ron Dermer, e destacou o papel do ex-presidente norte-americano Donald Trump e de seu enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff. “Quero agradecer ao presidente Trump por seus esforços incansáveis na formulação deste plano para o retorno dos reféns”, disse.

Cessar-fogo em vigor

O cessar-fogo, primeira fase do plano proposto por Trump para Gaza, começou ao meio-dia (horário local, 6h em Brasília) desta sexta-feira, após a retirada das tropas israelenses da cidade de Gaza. Com o recolhimento para a chamada “linha amarela”, teve início um período de 72 horas para a libertação das 48 pessoas ainda mantidas em cativeiro.

A Agência EFE registrou que dezenas de moradores se deslocaram para o norte, em direção à cidade de Gaza, pela estrada costeira Al Rashid. As forças israelenses também desocuparam o posto de controle no Corredor de Netzarim, ao sul da capital. Mesmo com a retirada inicial, Israel permanece em cerca de 53% do território de Gaza; antes do cessar-fogo, controlava mais de 80%.

Em comunicado, o porta-voz militar em árabe, Avichay Adraee, informou que a circulação do sul para o norte está liberada pelas vias Rashid e Salah al-Din. No entanto, áreas do norte do enclave — Beit Hanoun, Beit Lahia e Shujaiya — seguem classificadas como perigosas devido à concentração de tropas, assim como o acesso ao Mar Mediterrâneo.

Com informações de Gazeta do Povo