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Girão volta a exigir impeachment de Gilmar Mendes por suspeição e atuação política

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O senador Eduardo Girão (Novo-CE) retomou, na noite desta quinta-feira (9), a cobrança pelo impeachment do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em pronunciamento no plenário do Senado, o parlamentar acusou o magistrado de suspeição, atividade político-partidária e abuso de autoridade.

Girão lembrou que já protocolou, em julho, um pedido formal de afastamento de Mendes. Procurado, o gabinete do ministro informou que ele não comentará as declarações do senador.

Liberação de investigados pela Operação Sepulcro Caiado

Entre os pontos apresentados, o senador criticou a decisão de Mendes que permitiu a soltura do empresário João Gustavo Ricci Volpato e de outros investigados pela Operação Sepulcro Caiado. Volpato é apontado como líder de um esquema que teria desviado R$ 21 milhões do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) entre 2018 e 2022.

A apuração é conduzida pelo próprio TJ-MT. Diante das suspeitas, Girão disse ter coletado 16 assinaturas de senadores para requerer a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre supostas irregularidades no Judiciário mato-grossense.

Presença em ato público e suposta atividade política

O senador também mencionou a participação de Gilmar Mendes na inauguração de obras de duplicação da BR-163, em dezembro de 2024, em Mato Grosso. O evento ocorreu no trecho que atravessa o município governado pelo irmão do ministro. Para Girão, a presença configura atuação político-partidária, vedada pela Lei do Impeachment.

“Político é que tem que fazer política. Ministro de Supremo é que tem que cuidar da Constituição”, declarou o parlamentar.

Decisão sobre a CBF e contrato com instituto do ministro

Girão ainda acusou Mendes de cometer crime de responsabilidade ao conceder, em abril de 2024, liminar que manteve Ednaldo Rodrigues na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), contrariando decisão de segunda instância que afastara o dirigente em dezembro de 2023.

Segundo o senador, no período em que permaneceu no cargo, a CBF firmou contrato de R$ 10 milhões com o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), fundado por Gilmar Mendes.

Girão concluiu o discurso afirmando que continuará a buscar apoio para que o Senado examine o pedido de impeachment.

Com informações de Gazeta do Povo