Jerusalém – O gabinete de segurança de Israel aprovou na madrugada desta sexta-feira (10, horário local) a primeira fase do plano de paz apresentado pelos Estados Unidos para encerrar o conflito de dois anos contra o Hamas na Faixa de Gaza. Com a decisão, um cessar-fogo deve ser implantado de imediato, informaram autoridades israelenses à emissora norte-americana CNN.
Na quarta-feira à noite (8), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciara ter obtido um acordo para iniciar a aplicação do seu projeto, que prevê a libertação de todos os reféns ainda mantidos no enclave palestino e a retirada parcial das forças israelenses.
Segundo um mapa divulgado por Trump na rede Truth Social na semana passada, após a aprovação do gabinete, as tropas de Israel precisam recuar para a chamada “linha amarela” dentro de 24 horas, criando condições para a troca de reféns por prisioneiros palestinos.
O plano estabelece que, no prazo de até 72 horas após a retirada, os reféns sejam libertados. Estimativas apontam que apenas 20 dos 48 sequestrados continuem vivos. Trump afirmou que as liberações devem ocorrer entre segunda-feira (13) e terça-feira (14).
Horas antes da votação em Jerusalém, o Hamas divulgou comunicado no qual declarou “o fim da guerra”. “Hoje anunciamos que o acordo foi alcançado para encerrar a guerra e a agressão contra nosso povo, e para começar a implementar um cessar-fogo permanente e a retirada das forças de ocupação”, afirmou Khalil al-Hayya, chefe da equipe de negociações da organização.
Dentro do governo israelense, a medida enfrentou resistência da ala mais à direita. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir (Otzma Yehudit), disse antes da reunião que votaria contra a proposta e que seu partido derrubaria a coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu caso o plano permita a continuidade do Hamas “sob qualquer disfarce”.
Com a aprovação, Israel e Hamas iniciam agora a etapa operacional do acordo, que será monitorada pelos Estados Unidos e mediadores regionais.
Com informações de Gazeta do Povo