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Após queda da MP da Taxação, Haddad cogita bloquear emendas parlamentares

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Brasília – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (9) que avalia suspender o pagamento de emendas parlamentares para compensar a perda de arrecadação provocada pela não votação da Medida Provisória 1.303, conhecida como MP da Taxação.

“Pode ser que tenha corte de emenda, mas dentro da regra fixada pela lei complementar aprovada pelo Congresso”, declarou Haddad durante entrevista coletiva, acrescentando que levará diferentes alternativas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e minimizando o impacto da derrota.

MP perdeu validade

A MP 1.303 expirou às 23h59 de quarta-feira (8) sem passar pelo crivo das duas Casas do Legislativo. O texto elevava tributos sobre setores específicos para compensar a revogação, também pelo Congresso, do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Críticas a Tarcísio e reação no Congresso

Haddad relacionou o insucesso da proposta a pressões do mercado financeiro e criticou a atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que trabalhou contra a aprovação. Apesar disso, assegurou que o governo federal continuará “ajudando o estado de São Paulo”, seguindo orientação do presidente Lula de manter diálogo com governadores independentemente de posição ideológica.

Após a derrubada da MP, o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), acusou Tarcísio de ter passado o dia articulando votos contrários à medida. Já o líder da oposição, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), agradeceu publicamente ao governador pela mobilização.

Responsabilização de Bolsonaro e 8 de janeiro

O ministro também atribuiu parte do desequilíbrio fiscal ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alegando que “abriu os cofres em 2022” para tentar a reeleição. Segundo Haddad, as mesmas forças que incentivaram os atos de 8 de janeiro estariam tentando “desorganizar o orçamento de 2026”.

Debate sobre “aumento de impostos”

Durante a coletiva, Haddad se irritou ao ouvir que o governo buscava aumentar impostos. Ele sustentou que a MP não representava elevação de alíquotas para toda a sociedade, mas sim um “corte de gasto tributário” restrito a segmentos específicos.

Com informações de Gazeta do Povo