Home / Política / Lira cobra Senado por “responsabilidade” após Renan assumir relatoria da isenção do IR

Lira cobra Senado por “responsabilidade” após Renan assumir relatoria da isenção do IR

ocrente 1759898838
Spread the love

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), pediu nesta terça-feira (6) que o Senado conduza “com responsabilidade” a análise do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. O apelo foi feito poucas horas depois de o senador Renan Calheiros (MDB-AL) ser confirmado como relator da matéria na Casa.

Nas redes sociais, Lira destacou que o texto aprovado na Câmara “foi construído com muito trabalho e diálogo, inclusive com o governo, e aprovado por unanimidade”. Ele acrescentou: “Que não se faça politicagem com um assunto tão relevante”.

Ao assumir a relatoria, Renan declarou que pretende concluir a tramitação em até 30 dias — bem menos, segundo ele, que os sete meses consumidos na Câmara. “O que tiver que ser modificado, será modificado”, avisou o senador, ressalvando, porém, que trabalhará para manter o projeto sem alterações.

Os dois parlamentares, adversários históricos em Alagoas, devem medir forças nas eleições de 2026, quando haverá duas vagas ao Senado pelo estado. Renan buscará a reeleição; Lira é cotado para disputar um dos assentos.

Troca de farpas

Renan criticou a condução do tema na Câmara, afirmando que a proposta “serviu como instrumento de chantagem e pressão contra o governo”. O emedebista citou episódios como a votação da PEC da Imunidade, posteriormente rejeitada no Senado, e a pressão pela anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, presidida por Renan, já havia aprovado em 24 de setembro um projeto que prevê a mesma faixa de isenção. O texto, parado desde 2021, foi retomado como reação à demora na Câmara.

Uma semana depois, Lira levou ao plenário seu substitutivo, que rejeitou a maior parte das emendas da oposição. A proposta foi aprovada por 493 votos a 0, resultado raro para iniciativas do governo federal.

Se o Senado alterar o conteúdo, o projeto retornará à Câmara para nova apreciação.

Com informações de Gazeta do Povo