Diversas cidades ao redor do mundo registraram nesta terça-feira (7) manifestações em apoio à causa palestina, exatamente dois anos após o ataque do Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023, que deixou mais de mil mortos e 251 pessoas feitas reféns. A escolha da data provocou críticas de autoridades que consideraram os atos “insensíveis” à memória das vítimas.
Críticas de Londres a Sydney
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, classificou os protestos em Londres como “antibritânicos”, afirmando que manifestantes usam ações do governo israelense em Gaza “como desculpa desprezível para atacar judeus britânicos”. Na Austrália, o premier de Nova Gales do Sul, Chris Minns, descreveu a mobilização em Sydney como “terrivelmente inoportuna e chocantemente insensível”.
Ato na capital britânica
Centenas de pessoas se reuniram diante do King’s College London, empunhando bandeiras palestinas e entoando o coro “Israel é um Estado terrorista”. O grupo percorreu campi universitários da capital sob forte presença policial.
Mobilizações na Europa continental
Em Paris, Atenas, Berlim e outras cidades europeias, marchas semelhantes foram registradas. Na Grécia, manifestantes caminharam por Atenas e Tessalônica com palavras de ordem contra Israel e faixas em apoio à Flotilha Global Sumud, cujo barco foi detido por Israel ao tentar romper o bloqueio marítimo a Gaza.
Proibição na Itália
O Ministério do Interior italiano barrou um protesto planejado para Bolonha, citando risco de distúrbios após confrontos recentes em Roma. O representante da pasta, Enrico Ricci, confirmou que a manifestação “será absolutamente proibida”. O embaixador de Israel em Roma, Jonathan Peled, elogiou a decisão, alegando que o veto evitou “eventos que buscavam glorificar o massacre de 7 de outubro”.
Em Milão, a comunidade judaica preferiu uma homenagem discreta. “Estaremos em uma praça da cidade, protegidos pela polícia; não podemos divulgar o local por segurança”, disse Davide Romano, diretor do Museu da Brigada Judaica.
Ásia também registra atos
Na Indonésia, mais de mil manifestantes marcharam até a embaixada dos Estados Unidos em Jacarta para protestar contra o bloqueio israelense à Faixa de Gaza.
Escalada de incidentes antissemitas
Os protestos ocorrem em meio ao aumento global de episódios antissemitas. No Reino Unido, a apreensão cresceu após o ataque a uma sinagoga em Manchester, durante o feriado de Yom Kippur, que resultou na morte de dois homens.
Com informações de Gazeta do Povo
