Brasília – Os investimentos do Governo Federal em publicidade nas redes sociais cresceram 360% nas últimas semanas, período que coincidiu com a discussão, na Câmara dos Deputados, do projeto que isenta do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil por mês.
Levantamento da GloboNews, baseado nos relatórios de transparência da Meta (controladora de Facebook e Instagram), indica que, nos 30 dias anteriores à aprovação do texto na Câmara, foram desembolsados R$ 8,4 milhões em impulsionamentos – média diária de R$ 283 mil. Nos 60 dias precedentes, o gasto havia sido de R$ 4,7 milhões, cerca de R$ 77 mil por dia.
De acordo com os dados, mais de 90% das peças patrocinadas ativas no dia da votação tratavam diretamente da nova faixa de isenção do Imposto de Renda. Atualmente, o Governo Federal figura como o maior anunciante de conteúdo político na plataforma.
Comunicação com tom popular
Coordenada pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, a estratégia nas redes aposta em vídeos curtos, humor e linguagem acessível. Um post recente no Instagram oficial do Planalto destacou o ganho de 1,2 milhão de seguidores, elevando o total para 2,9 milhões.
Além do Imposto de Renda, campanhas promovem temas considerados positivos pelo governo, como a expansão do PIX, o fortalecimento do SUS, a saída do Brasil do Mapa da Fome e o programa Luz do Povo.
Aprovação na Câmara
Na quarta-feira, 3 de outubro, a Câmara aprovou por unanimidade o projeto que isenta de Imposto de Renda contribuintes com renda de até R$ 5 mil mensais (R$ 60 mil anuais). O texto segue para análise do Senado.
Em rede social, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o resultado, classificando a mudança como “correção de uma grande injustiça tributária”. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, agradeceu ao Congresso pelo ritmo da votação.
Nos bastidores, aliados do Palácio do Planalto avaliam que o impulso na comunicação reforça a imagem de um governo focado em medidas populares em meio à disputa de narrativas nas plataformas digitais.
Com informações de Gazeta do Povo
