Jerusalém – A Marinha de Israel interceptou, entre a noite de quarta-feira (1º) e a manhã desta quinta (2), a Flotilha Global Sumud, que tentava furar o bloqueio marítimo imposto à Faixa de Gaza. Mais de 40 embarcações foram abordadas, e seus ocupantes, entre eles a ativista sueca Greta Thunberg, começaram a ser encaminhados para deportação.
Quem foi detido
Nos barcos parados pelas forças israelenses estavam:
- Greta Thunberg, que nos últimos meses passou a participar de mobilizações pró-palestinas;
- A deputada federal brasileira Luizianne Lins (PT-CE);
- O ativista brasileiro Thiago Ávila;
- A parlamentar francesa Marie Mesmeur, do partido França Insubmissa;
- A deputada franco-palestina no Parlamento Europeu Rima Hassan;
- A ex-prefeita de Barcelona Ada Colau;
- Mandla Mandela, neto do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela.
Vídeo divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel mostrou o momento da abordagem ao barco que levava Thunberg. O governo israelense afirmou que todos os detidos “estão saudáveis e seguros”.
Reação das autoridades
Após a interceptação, Luizianne Lins declarou nas redes sociais que acionou o Itamaraty e organismos internacionais, classificando a operação como “interceptação ilegal”. Na manhã desta quinta (2), o governo brasileiro emitiu nota condenando a ação israelense e alegando violação de direitos e risco à integridade física dos manifestantes.
Entidades jurídicas ligadas à flotilha, como a organização Adalah, confirmaram a detenção de Ada Colau. Em vídeo gravado antes de jogar o celular ao mar, a ex-prefeita pediu mobilização internacional por sua libertação e pela abertura de um corredor humanitário para Gaza.
Posição de Israel
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores classificou a expedição como “provocação”, afirmando que nenhum barco conseguiu entrar em “zona de combate ativa” ou violar o “bloqueio naval legal”. Segundo a chancelaria, todos os detidos estão sendo transferidos para o porto de Ashdod, a cerca de 40 km da Faixa de Gaza, onde terão início os procedimentos de deportação.
As autoridades israelenses não relataram incidentes graves durante a operação.
Com informações de Gazeta do Povo